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António Agostinho Neto nasceu em 1922, na aldeia de Kaxicane, na região de Icolo e Bengo, Angola. Estudou Medicina em Coimbra para voltar posteriormente ao seu país e ser preso em 1960, devido à sua oposição ao colonialismo português e à repressão militar. Depois dos anos de prisão em Cabo Verde e em Portugal, escapou e exilou-se em Marrocos, comandando dali o movimento anticolonialista independentista e marxista angolano MPLA.
As circunstâncias políticas da metrópole - com a Revolução dos Cravos (1974) e o fim da ditadura salazarista - facilitaram a independência de Angola, criando inicialmente um Governo provisório tripartido com as três forças independentes que pretendiam o poder: o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), com Neto a comandar e o apoio do bloco soviético; o FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) de Holden Roberto e o apoio dos EUA, entre outros; e a UNITA (a União Nacional para a Independência Total de Angola) de Jonas Savimbi, apoiada pela África do Sul.
Cada uma das três facções guerrilheiras se fixou solidamente numa zona do país, tendo o MPLA ocupado a faixa costeira, Lobito e Luanda. Depois de controlada a capital, Neto proclamou-se presidente de um país que, a partir de esse mesmo ano, se viu mergulhado numa guerra civil (1975-2002) na qual se constatou o confronto entre os blocos da Guerra Fria. A agressividade dos conflitos e os crimes cometidos foram duros momentos da História de Angola.
Quatro anos depois do início dos conflitos, em 1979, Neto ficou gravemente doente, tendo-se mudado para Moscovo, local onde viria a falecer a 10 de Setembro. José Eduardo dos Santos foi o seu sucessor como presidente do país e secretário-geral do MPLA.
Fonte: Wikipédia