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Hamani Diori

Foi um dos fundadores do Partido Progressista Nigeriano (PPN)

Na década de 50 e no auge do processo geral de descolonização, a Nigéria teve o seu próprio movimento independentista, liderado por Hamani Diori o qual, em 1960, ocupou o cargo de presidente da Nação.

Este político nigeriano nasceu a 6 de Junho de 1916, em Soudouré, Nigéria, e morreu a 23 de Abril de 1989, em Rabat, Marrocos.

Em 1946, foi um dos fundadores do Partido Progressista Nigeriano (PPN), um ramo local do Rassemblement démocratique africain (RDA), e representou a Nigéria na Assembleia Nacional francesa. Durante o período de transição anterior à independência, o Governo francês proibiu todos os partidos políticos, excepto o PPN, e escolheu Diori como Primeiro-ministro (1958-60).

Em 1960, é aprovada a primeira Constituição e a Nigéria transforma-se num Estado Independente. A 11 de Novembro desse mesmo ano, nas primeiras eleições da nova república, é eleito o presidente Hamani Diori, candidato do Partido Progressista, que se impôs sobre o Sawala (liberação) de Djibo Bakarí.

Aquando da ruptura com os laços coloniais, a Nigéria era o país mais pobre da África Ocidental francesa, com cerca 80% da população a viver em zonas rurais: secas insistentes, solo desgastado e uma explosão demográfica que ainda hoje ameaça a agricultura e o meio ambiente.

O novo Governo manteve ligações profundas com a França, ao ponto de tolerar a presença das tropas francesas do país. Nos seus primeiros anos como Presidente, Diori tornou o Sawala ilegal e condenou Bakarí ao exílio. O Governo de Diori foi acusado de corrupção e de reprimir uma oposição política cada vez mais numerosa.

No princípio da década de 70, a seca que afectou toda a zona do Sahel levou o exército a distribuir alimentos aos camponeses e a conhecer, em primeira mão, as necessidades do povo. A administração de Diori foi acusada de ter sido incapaz de levar a cabo as reformas necessárias para enfrentar a fome provocada pelos anos de seca.

Durante a década de 70, o país viveu num auge económico que teve origem na subida dos preços internacionais do urânio, do qual a Nigéria é o quarto produtor mundial.

A 13 de Abril de 1974, um Comité Militar Supremo tomou conta do poder e o tenente-coronel Seyni Kountché assumiu a presidência. Os primeiros passos deram origem à fixação de preços de produtos agrícolas, ao aumento de salários, ao refreamento do nepotismo, à reorientação de investimentos e à planificação de serviços educativos e de saneamento.

Diori esteve preso durante 6 anos em Zinder e depois foi mantido sob liberdade vigiada em Niamey entre 1980 e 1987. Foi libertado em 1987 pelo sucessor de Kountché, Ali Seibou. Diori deixou o seu país e instalou-se em Marrocos, onde veio a morrer anos mais tarde.

Fontes:

Wikipedia

Perfil na Enciclopédia Britânica

Obituário no New York Times