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A deputada ganesa Samia Nkrumah, filha do ex-presidente e pai da independência do Gana, Kwame Nkrumah, foi a protagonista da primeira jornada do II Congresso Internacional África-Ocidente que se celebra na Faculdade de Direito da Universidade de Huelva. Nkrumah declarou que, 50 anos depois das independências dos países africanos, a mensagem pan-africanista do seu pai “ainda é actual” e que é necessário “que África se una”, desenvolva uma indústria e crie as suas próprias estruturas comuns. “É necessário retomar a ideia da personalidade africana”, disse Nkrumah, num apelo para enterrar o chamado “afro-pessimismo” ligado à mentalidade sobre a dependência em relação ao estrangeiro.
Samia Nkrumah relembrou que as primeiras mensagens pan-africanistas do seu pai, que datam do início dos anos 60, plantaram a semente da União Africana e compreendiam uma cidadania africana comum, uma moeda única e um banco central ou estratégia comum de Defesa e Segurança.
A visita de Nkrumah ao Congresso África-Ocidente permitiu-lhe conhecer a primeira tradução para espanhol de África deve unir-se, editada pela Casa África e Edições Bellaterra, o que consistiu no primeiro título da colecção de textos políticos que iniciou a instituição espanhola de diplomacia pública com os países africanos. Para Nkrumah, é muito importante que em Espanha já possa ser conhecida a obra do seu pai, porque pode “inspirar muitos jovens como o livro me inspirou a mim”.