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O Dia de África foi celebrado em Madrid com conferências, novas tecnologias e “reggae”

27/05/2013

A criação da Organizacióon para la Unidad Africana (Organização para a Unidade Africana - OUA), hoje conhecida como Unión Africana (União Africana) completa este ano o seu 50º aniversário. Além disso, celebra-se também meio século de existência do Dia de África, comemoração que se fixou a 25 de maio, juntamente com o nascimento da instituição. Por este motivo, a Casa África participou num programa de atividades que foram desenvolvidas a semana passada na Fundação Carlos Amberes e na Sala La Riviera, em Madrid. A música de Alpha Blondy e Sidy Samb, o testemunho de jornalistas do gabarito de Caddy Adzuba e Collete Braeckman sobre a situação nos Grandes Lagos e um debate sobre as redes sociais, na qual participou o blogger senegalês Cheikh Fall foram, foram os pontos fortes deste programa, que foi desenvolvido entre 22 e 24 de maio.

A Fundação Carlos Amberes tornou-se na sede do ato institucional de 22 de maio, quarta-feira, organizado pelo Grupo de Embajadores Africanos en España (Grupo de Embaixadores Africanos em Espanha - GEA). O embaixador do Gabão ficou encarregue de receber os convidados às 20 horas e liderar o ato de entrega de distinções que foram concedidos à Federación de Asociaciones Africanas en Canarias (Federação de Associações Africanas nas Canarias - FAAC) e à Fundación Sur (Fundação Sul), pelo seu trabalho a favor do conhecimento de África e dos africanos em Espanha. Às 20h30 começou um debate sobre a utilização das redes sociais pelas sociedades civis africanas, que contou com a presença do blogger e jornalista senegalês Cheikh Fall, criador da plataforma SUNU 2012. Junto a Fall, participaram no debate os vencedores do último prémio de ensaio da Casa África, precisamente sobre as redes sociais em África e no qual é contada a experiência deste ativista senegalês. São eles o africanista e académico Antoni Castel e o jornalista e especialista em redes sociais Carlos Bajo. Finalmente, às 21h45, foi realizada uma receção institucional

Também na sede da Fundação Carlos Amberes tiveram lugar na quinta-feira, 23 de maio, a partir das 10 horas da manhã, jornadas sobre os conflitos na região dos Grandes Lagos organizadas pela própria fundação e pelo Observatorio sobre la Realidad Social del África Subsahariana (Observatório sobre a Realidade sobre a África Subsaariana) da Universidade Autónoma de Madrid. As jornadas, denominadas Un silencio clamoroso: los conflictos en la región de los Grandes Lagos (Um silêncio clamoroso: os conflitos na Região dos Grandes Lagos), contaram entre os seus palestrantes, com dois pesos pesados do jornalismo: a congolesa Caddy Adzuba e a belga Colette Braeckman. A Casa África participou nestas mesmas jornadas através de uma palestra do seu Diretor Geral, Santiago Martínez-Caro.

Por fim, o toque final, a celebração da Casa África de 25 de maio, teve lugar na sexta-feira, 24 de maio, às 20 horas, na Sala La Riviera com o concerto África Vive. O costa marfinês Alpha Blondy e o senegalês Sidy Samb formaram o cartaz de uma iniciativa com a qual a Casa África quis dar um toque mais festivo à comemoração do meio século de existência da Unión Africana ou União Africana. Alpha Blondy apresentou o seu último disco, Mystic Power e, Sidy Samb fez o mesmo com a sua a última gravação, ainda inédita e na qual está a trabalhar em Dakar, Sunu.