O Encontro Triangular entre Espanha, Marrocos e Senegal termina na Casa África com a mensagem de que “juntos, somos mais fortes”

A Casa África recebeu hoje o Encontro triangular Espanha-Marrocos-Senegal, uma iniciativa inovadora organizada pela instituição de diplomacia pública e pelas Embaixadas de Espanha no Senegal e Marrocos. Os projetos em diferentes setores, as suas possibilidades de financiamento e a linha de trabalho do Plano Senegal Emergente (o plano estratégico do Governo do Senegal para criar 600 000 postos de trabalho nos próximos 10 anos) tornaram-se o objeto de trabalho da iniciativa. Esta contou com o patrocínio da companhia aérea Binter e foi organizada em torno de uma sessão plenária e três mesas redondas focadas em três setores prioritários para os três países: energia, logística e zonas industriais e indústria alimentar e bebidas. Esta atividade de diplomacia pública reuniu mais de 120 pessoas dos três países, representantes de instituições e empresas.

Além de fortalecer as relações hispano-marroquinas, o encontro tinha o objetivo de facilitar as sinergias entre empresas marroquinas e espanholas para concorrer nas melhores condições às oportunidades de investimento no Senegal. 

Participaram no encontro altos cargos dos três governos, incluindo a ministra senegalesa; Fatema Marouane, ministra do Artesanato e Economia Social e Solidária de Marrocos, e Ignacio Ybáñez, Secretário de Estado dos Assuntos Externos de Espanha. Juntamente a estes três altos cargos, na mesa inaugural, além do Diretor-Geral da Casa África, Luis Padrón, participou em nome do Governo das Canárias, Pedro Ortega, conselheiro de Economia, Indústria, Comércio e Conhecimento. Participaram também os Embaixadores de Espanha em Marrocos e no Senegal, Ricardo Díez-Hochtleiner e Alberto Virella, respetivamente, e o Delegado do Governo das Canárias, Enrique Hernández Bento.

As mesas sectoriais contaram com as intervenções de agências de investimento como a APIX (Senegal); instituições de apoio a investimentos, como a COFIDIS; organismos públicos como ICEX España Exportación e Inversiones; entidades de crédito, banca e patronatos empresariais, como a Confederação-Geral de Empresas de Marrocos, a Confederação Espanhola de Organizações Empresariais e a Câmara do Comércio de Espanha.

Foram abordados temas como o facto de o Senegal estar a superar gradualmente o seu défice de infraestruturas e energia, o seu desenvolvimento industrial embrionário do país e a escassez de bancos que contam com recursos imediatos. Todos estes setores apresentam oportunidades tanto para Marrocos como para Espanha que, no primeiro caso, já são exploradas através de entidades bancárias e de crédito e de acordos e projetos comuns, sobretudo na logística. O Senegal quis também expor o seu trabalho inovador na hora de financiar obras públicas com parcerias público-privadas e a sua predisposição para colaborar com os seus homólogos espanhóis e marroquinos com mecanismos de financiamento simples, reformas abundantes que facilitam os negócios e favorecem a segurança jurídica e um estado de direito sólido. Espanha, por seu lado, sabe que a internacionalização das suas empresas e a sua aposta nos mercados exteriores deve passar por África. Agências como a COFIDIS expressaram a sua vontade de se ajustar às necessidades dos empresários e apresentaram a sua experiência na internacionalização de empresas e financiamento de projetos de desenvolvimento.

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