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Ahmadou Kourouma

O escritor da Costa do Marfim soube denunciar nos seus livros os abusos sociais, económicos e de poder que tinham e continuam a ter lugar na África Ocidental.

"Acho que devemos tentar dirigir-nos a todos, apresentando os nossos problemas como problemas humanos e por isso comovedores e apaixonantes para um vasto público."

Kourouma nasceu em 1927 na Costa do Marfim e morreu em Lyon (França) em 2003; conseguiu dar através dos seus romances uma visão crítica da África negra do século XX.

Estudou em Bamako (Mali) e, depois de servir o exército francês na Indochina, mudou-se para Lyon onde se licenciou em Matemática. Em 1960 regressou ao seu país, mas o seu descontentamento com a situação política da época fez com que partisse para o exílio. Viveu em vários países (Argélia, Togo e Camarões), onde foi preso em várias ocasiões. Em 1994 regressou à Costa do Marfim.

A sua produção literária, apesar de não conter muitos títulos, conseguiu estabelecer-se como uma das mais importantes da literatura africana contemporânea. O seu reconhecimento, no entanto, foi sobretudo francês, língua em que escreveu todos os seus romances. O primeiro, Le soleil des indépendances (“O sol da independência”, 1968), valeu-lhe diversos prémios e vendas significativas. Seguiram-no Le diseur de vérité (1972); Monnè, outrages et défis (1990); Esperant el vol de les feres (1998); Yacouba, chasseur africain (1998); Allah is not obliged (“Alá não é obrigado”, 2000) e Quand on refuse on dit non (“Quando recusamos, dizemos não”, 2004), obra publicada postumamente.

 

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