Casa África

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Flora Nwapa

Foi a primeira romancista nigeriana publicada e a primeira mulher em África com um livro editado em Londres, o que fez dela uma precursora de toda uma geração feminina da sua etnia. Graças a tal facto, foi considerada a mãe da literatura africana moderna'.

Flora Nwapa foi uma escritora e professora nigeriana muito conhecida pela sua recriação da vida e tradições igbo do ponto de vista feminino; tal como o papel da mulher em geral na sociedade. Nasceu em Oguta, a este de Nigéria, que na altura era uma colónia britânica. Filha de professores, frequentou a Universidade de Idaban, continuando os seus estudos em Edimburgo, onde se licenciou em Educação, em 1958. Um ano mais tarde regressaria à sua terra natal para trabalhar como professora de Geografia e Inglês.

Durante a guerra civil da Nigéria - que começou em 1967 - abandonou Lagos com a sua família, após o conflito, exercendo o cargo de ministra da Saúde e Segurança Social, cuja preferência era, entre outras, encontrar um lar para 2.000 órfãos da guerra. O seu trabalho foi reconhecido com alguns prémios nacionais.

Além de escrever livros, fundou a Tana Press, a primeira editora a ser propriedade de uma mulher negra africana em toda a zona oeste do continente. Entre 1979 e 1981 editou oito volumes de ficção para adultos, abrindo mais tarde outra editora, Flora Nwapa e Co., especializada em ficção para crianças. Nestes livros Nwapa combinava elementos nigerianos com preceitos éticos e morais gerais.  O seu exemplo levou-a a repensar nos papéis tradicionais da mulher/esposa, em favor de uma sociedade igualitária, embora preferisse ser denominada ‘womanist’, em vez de ‘feminist’.

Como romancista, Nwapa iniciou com Efuru - baseada na história de uma mulher eleita pelos deuses – no qual se questiona o papel tradicional feminino. Depois de perder um filho e depois de dois casamentos infelizes, a heroína não deixa de lutar contra todos os obstáculos que a impediam de ser uma mulher de sucesso. Antes dessa data (1962), nenhuma mulher nigeriana tinha publicado um livro, pelo que, depois de enviar o manuscrito a Chinua Achebe e submetê-lo a algumas sugestões, foi o próprio autor que o remeteu à Heineman Educational Books para de ser publicado. O seu percurso continuou com mais de uma dezena de publicações entre romances, histórias curtas e livros para crianças. Mesmo antes do seu falecimento - em 1993 - terminou o seu último manuscrito: The lake goddess.

 

Fontes:

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