Casa África

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A elegância como forma de vida

03/03/2011

A Casa África inicia a sua temporada expositiva 2011 com Um sonho de ida e volta. A Sape congolesa, uma colecção de oitenta imagens de Baudouin Mouanda (República do Congo) e Héctor Mediavilla (Espanha) que nos abre a porta do mundo fascinante da Sociedade de Ambientadores e Pessoas Elegantes (S.A.P.E.).

A mostra, organizada por Mónica Santos e Sandra Maunac foi apresentada ontem perante os meios de comunicação na sede da instituição. Como no caso de todas as mostras expostas na Casa África, Um sonho de ida e volta. A Sape congolesa pode ser visitada de segunda a sexta, das 10h00 às 20h00 de forma gratuita. Também poderão ser solicitadas visitas guiadas gratuitas para grupos entre 15 e 20 pessoas, telefonando para o número (+34) 928432800.

Um sonho de ida e volta. A Sape congolesa aprofunda um movimento estético e filosófico rico em significados tanto visuais como ideológicos, como fica evidenciado nos dois olhares tão diferentes que cruzam Mouanda e Mediavilla sobre este fenómeno. A mostra, que permanecerá aberta ao público na Casa África até 29 de Abril, pretende dar a conhecer uma faceta da realidade cultural africana contemporânea tão desconhecida como extravagante, que nos transporta simultaneamente para um mundo de elegância e de sobrevivência nascido nos bairros pobres de Brazzaville e Kinshasa.

Os dois fotógrafos que assinam esta mostra contrapõem as suas visões: um, conhecedor directo da situação dos seus compatriotas, apresenta uma manifestação dinâmica e criativa da SAPE, acentuando o lado teatral e exibicionista do fenómeno. Outro, enquanto observador externo, investiga a complexidade psicológica e social dos seus protagonistas, evocando uma realidade poética e romântica onde os sapeurs parecem sonhar as suas vidas. No entanto, ambos partilham um objectivo comum: questionar o imaginário que construímos sobre África e as suas gentes, já que com a SAPE os nossos preconceitos são postos em causa.

Mounda e Mediavilla permitem-nos conhecer mais profundamente as regras e receitas desta verdadeira arte da aparência, mas, sobretudo, permitem-nos viajar ao mundo dos sonhos desta jovem população urbana de Brazzaville e Kinshasa, e perceber que o culto que praticam tem uma mensagem implícita de resistência, uma luta para subverter o seu estatuto social, tanto dentro da sua comunidade, do seu país e de outros países africanos, como na nossa visão ocidentalizada fixa e imóvel.

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