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Aminata Traoré

Uma das vozes mais respeitadas pela comunidade africana. Foi ministra da Cultura e do Turismo da República do Mali entre 1997 e 2000.

"Para ajudar a África é preciso compreendê-la primeiro."

 

Aminata Dramane Traoré é uma política e escritora de Mali, nascida em 1948 em Bamako. Viveu a chegada da independência e mais tarde o socialismo, a ditadura, o partido único, a corrupção e a democracia. Estudou em França, na Universidade de Caen, onde se doutorou em Psicologia Social e se licenciou em Psicopatologia. Investigadora em Ciências Sociais, trabalhou na Universidade de Abidjan (Costa do Marfim) e actualmente trabalha com várias organizações nacionais e internacionais.

Foi ministra da Cultura e do Turismo de Mali entre 1997 e 2000, cargo do qual se demitiu para "poder manter a sua liberdade de expressão." Em Julho de 2005, foi eleita para integrar o Conselho de Administração do Serviço Internacional da Imprensa. Nesse mesmo ano, presidiu a Comissão da Organização do Fórum Social Mundial Policêntrico de Bamako.

Foi galardoada com o Prémio Príncipe Klaus da Cultura (Holanda) em 2004 e recebeu inúmeros reconhecimentos no Mali: CIWARA de Excelência (1995), cavaleiro da Ordem Nacional de Mali (1996), oficial da Ordem Nacional de Mali (2006) e comendador da Ordem Nacional de Mali (2008).
Traoré é uma das vozes intelectuais africanas mais reconhecidas na procura de uma alternativa em oposição à globalização liberal. Declara-se "muçulmana praticante e, ao mesmo tempo, uma mulher moderna" e menospreza profundamente os clichés ocidentais sobre a mulher africana. Actualmente é a coordenadora do Fórum para Outro Mali (FORAM) e directora do Centro Amadou Hampaté Bâ (CAHBA).

Traoré destaca, entre as suas preocupações, "o despertar das consciências dos africanos e africanas; a organização da resistência à globalização neoliberal e as propostas da alternativa para a submissão dos nossos Estados às nações ricas e às instituições financeiras internacionais". Dedica a sua vida a viajar pelo mundo para defender os interesses do seu povo e denunciar a dominação do Oeste sobre a África negra.

Escritora e ensaísta, é autora de L'étau (l’Afrique dans un monde sans frontières), 1999; Mille tisserands en quête d’avenir, 1999; Le Viol de l'Imaginaire ("A Violação do Imaginário"), 2004; Lettre au Président des français à propos de la Côte d’ivoire et de l’Afrique en général, 2005; e L'Afrique humiliée ("África humilhada"), 2008.

 

 

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