Casa África

Este sitio emplea cookies propias y de terceros para mejorar la calidad de su servicio.

En esta web se emplean algunas cookies esenciales y sin las cuales no se podrá ofrecer el servicio.

By using our site you accept the terms of our Privacy Policy.

(One cookie will be set to store your preference)
Passar para o conteúdo principal

Bessie Head

Considerada a mais importante escritora botsuana, na sua obra deixa sentir a pulsação da História africana, as suas tradições, o seu compromisso com a mudança social, a liberdade e a paz.

"Estou a construir uma escada até às estrelas. Por isso escrevo".

Bessie Head, uma das escritoras mais conhecidas de África, nasceu na África do Sul em 1937. Filha de uma mulher sul-africana endinheirada e um empregado negro, numa época em que as relações inter-raciais eram proibidas naquele país. Devido à doença mental da sua mãe, a escritora viveu até aos treze anos com uma família de acolhimento e a seguir estudou na escola missionária, antes de se formar como professora.

Após vários anos dedicados à docência, abandona o cargo e começa a trabalhar como jornalista para o Golden City Post. Os laços com a literatura tornam-se cada vez mais estreitos: experimenta poesia, ficção e publica o seu primeiro conto em The new african. Mas esta aparente tranquilidade desaparece. Um casamento falhado com o jornalista Harold Head - com quem teve um filho -, uma profunda depressão e o regime repressivo sul-africano pressionam-na a fugir para o Botsuana em 1964.

Apesar da ocasional ajuda económica de amigos, a escritora vive na absoluta pobreza, tendo que se instalar com o seu filho num acampamento de refugiados. Porém, a sua sorte muda quando uma editora de Nova Iorque lhe oferece a oportunidade de escrever um romance, When rain clouds gather (1969), em que conta a época que passou como refugiada. Com esta obra consegue uma boa crítica, o que lhe dá ânimo para continuar a sua carreira literária com Maru (1971).

Após residir 15 anos no seu país de acolhimento, o Governo do Botsuana inicia trâmites para obrigá-la a voltar à África do Sul. Esta situação, juntamente com problemas psiquiátricos herdados da sua mãe, levou-a várias vezes a ser internada em instituições psiquiátricas, embora tenha continuado a escrever e a criar algumas das obras que são consideradas entre as mais importantes da literatura africana em inglês. Nesta época escreve a intensa obra autobiográfica A question of power (1973), que recebe o aplauso imediato da crítica e o respeito internacional.

The collector of treasures (‘A coleccionadora de tesouros’), de 1977, foi a sua primeira colecção de contos, seguindo-se Serowe: village of the rain wind (1981), retrato histórico original dos cem anos da comunidade botsuana; A bewitched crossroad (1984), uma colecção dos seus escritos autobiográficos, e Tales of tenderness and power (1990), uma comovente selecção de obras inéditas, publicada a título póstumo.

A sua morte prematura em 1986, aos 49 anos, chegou no momento em que começava a alcançar reconhecimento e a abandonar o estado de pobreza no qual sempre tinha vivido.

Fontes:

Para mais informações:

¿Quieres suscribirte al boletín semanal de Casa África?