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As potenciais colónias europeias invadiram o continente africano no final do século XIX e acordaram dividi-lo na Conferência de Berlim (1884-1885), forçando fronteiras artificiais que nada tinham a ver com as etnias que lá viviam, originando grandes conflitos que, alimentados pela exploração dos recursos naturais, persistem até ao dia de hoje.
Roberto Ceamanos fala deste pesado fardo da herança colonial nesta obra que agora apresenta. Conta com um prólogo de Mbuyi Kabunda, que nos lembra que África deve abandonar a lógica das economias que no passado justificaram a colonização para começar a produzir para África.
A Casa Árabe e a Casa África, no âmbito da cooperação permanente da Rede de Casas, organizam conjuntamente a apresentação deste livro, pertencente à Coleção de Ensaios da Casa África, que terá lugar a 1 de fevereiro de 2017 às 19h00 no Auditório da Casa Árabe, contando com a presença de ambos os diretores-generais, Pedro Villena da Casa Árabe e Luis Padrón da Casa África, de Roberto Ceamanos, autor da obra e de Mbuyi Kabunda, autor do prólogo.
Roberto Ceamanos é Professor de História Contemporânea na Universidade de Saragoça. As suas principais áreas de investigação centram-se na historiografia e história de França e na história de Espanha dos anos trinta. É autor de diversos artigos em revistas científicas e, entre outros, dos livros: Da história do movimento trabalhista à história social (2004) Militância e Universidade. A construção da história trabalhista em França (2005), Os anos silenciados. A II República na Comarca de Tarazona e el Moncayo (2006), O discurso bolchevique. O Partido Comunista Francês e a Segunda República espanhola (2010), Isidro Gomà i Tomàs. Da Monarquia à República, 1927-1936 (2012) e A Comuna de Paris, 1871 (2014). Além disso, é secretário da Historiografias, revista de história e teoria.
Mbuyi Kabunda Badi é professor especializado nos problemas de integração regional, desenvolvimento, género, direitos humanos e conflitos em África. Licenciado em Ciências Políticas pela Universidade do Congo, na atualidade é professor e membro do Instituto Internacional de Direitos Humanos de Estrasburgo e do Doutorado de Relações Internacionais e Estudos Africanos da Universidade Autónoma de Madrid. Foi professor de Relações Internacionais e chefe do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Lumbashi, professor da mesma disciplina na Universidade Autónoma de Madrid e de Basileia, professor no Instituto de Direitos Humanos Pedro Arrupe da Universidade de Deusto e do mestrado europeu de Direitos Humanos e Democratização de Veneza.