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Memórias em movimento. Arte contemporânea da Mauritânia

''Memórias em movimento. Arte contemporânea da Mauritânia'' é a primeira exposição dedicada integralmente à arte contemporânea mauritana fora das suas fronteiras e apresenta obras de Mamadou Anne, Oumar Ball, Zeinab Chiaa, Daouda Corera, Malika Diagana, Béchir Malum, Saleh Lo, El Moctar Sidi Mohamed “Mokhis”, Amy Sow, Mohamed Sidi e Moussa Abdallah Sissako.

Apesar da proximidade geográfica e dos estreitos laços históricos e culturais entre Espanha e e a Mauritânia, as expressões artísticas mauritanas são pouco conhecidas pelo público espanhol. Esta é a razão que levou a Casa Árabe e a Casa África a realizarem este projeto que será apresentado nas sedes de ambas as instituições ao longo de 2022 com três exposições que estarão patentes nas cidades de Madrid, Córdoba e Las Palmas de Gran Canaria.

Esta exposição, comissariada por Aicha Janeiro, explora como as memórias - pessoal, coletiva ou cultural - se manifestam em diversos processos de criação no movimento artístico contemporâneo na Mauritânia. As pinturas, fotografias, instalações e esculturas presentes na amostra convidam-nos a refletir sobre a interligação entre a memória e a imaginação, assunto que caracteriza o panorama artístico atual da Mauritânia, trazendo-nos diferentes histórias pessoais e coletivas que se entrelaçam com elementos simbólicos e referências subjacentes às tradições populares, tais como a poesia, a tradição oral africana, a caligrafia árabe, chinesa, o tifinag, o artesanato tradicional tuaregue ou os objetos e a vida quotidiana. Do mesmo modo, os artistas mostram preocupação por temáticas atuais, partilhadas por qualquer outro território do nosso planeta, como são o meio ambiente, os processos migratórios, a situação das mulheres na sociedade, a miscigenação ou a recente pandemia.

Com uma história marcada pelo movimento, a interação e a adaptação, o território mauritano distingue-se pela sua larga orla costeira, banhada pelas águas do Atlântico, e por uma geografia e um clima essencialmente desérticos, onde as dunas brancas e vermelhas do Saara se transformam em savana a sul, no vale do rio Senegal. No interior, fundamentalmente na região do Adrar, diferentes jazidas arqueológicas testemunham a presença humana e a sua expressão artística desde o Neolítico através dos achados de instrumentos, artesanato, gravuras e pinturas rupestres onde figuram diversos símbolos, animais e figuras antropomorfas.

As expressões artísticas da Mauritânia enquadram-se no contexto cultural, geográfico e político da região do Sahel, reunindo no seu território uma autêntica encruzilhada de culturas. Marcadas por diversos processos ligados à globalização e pela referência aos patrimónios culturais mauritanos ou de outros países, as obras dos onze artistas presentes na amostra são expressão da rica e fascinante hibridação cultural que define a capital, Nouakchott, onde residem a maior parte do tempo estes criadores.

 

A exposição estará patente de 25 de fevereiro a 15 de maio de 2022 na sede de Casa Árabe em Madrid (Alcalá, 62) de segunda-feira a domingo de 10h:00 a 19h:30

Previamente à inauguração da exposição, quinta-feira 24 pelas 18h:00 (hora de Madrid) terá lugar uma mesa redonda para falar sobre o panorama da criação artística na Mauritânia. Será conduzida pela comissária da exposição, Aicha Janeiro, e contará com a participação em direto de quatro dos artistas: Oumar Ball, Malika Diagana, Béchir Malum e Amy Sow. Decorrerá em francês com tradução simultânea para castelhano. Entrada livre e gratuita até completar lotação.

 

Outras atividades

Para além das exposições nas sedes da Casa Árabe e da Casa África,  durante o ano será programada uma série de atividades igualmente focadas na Mauritânia, entre as quais, uma amostra de cinema que incluirá títulos como “Soleil, O”, de Med Hondo;“En attendant les hommes”, de Katy Léna N'diaye; ou "Heremakono", do grande cineasta Abderrahmane Sissako.

 

 

 

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