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Nesta nova edição do #ÁfricaEsNoticia queremos trazer um pouco de luz sobre um dos novos focos do jihadismo no continente africano: a região norte de Moçambique, um dos mais preocupantes juntamente com o Sahel e o norte da Nigéria. A província de Cabo Delgado, um território estratégico para o país devido à presença de importantes jazidas de gás, rubis e um enorme potencial agrícola, tem vivido nos últimos anos o surto da violência fundamentalista: um grupo conhecido localmente sob o nome de Al-Shabab já causou mais de 1.500 mortes e desencadeou um conflito que, agora, enraizado numa região pobre que parece vitimada pela maldição dos recursos, escapa ao controlo do Governo moçambicano.
A situação no norte do país não só é inquietante pela radicação desta nova frente ligada ao Estado Islâmico, mas também porque deu lugar a uma verdadeira catástrofe humanitária para a região. De acordo com dados da OCHCA, 1,3 milhões de pessoas necessitam urgentemente de ajuda humanitária e de proteção nas três províncias do norte do país, e há 670.000 pessoas deslocadas no interior devido à violência. De acordo com o ACLED (The Armed Conflict Location & Event Data Project) foram registados mais de 570 incidentes violentos durante todo o ano 2020.
Para tentar perceber o que se passa em Moçambique teremos o contributo de dois especialistas moçambicanos: o analista Salvador Forquilha, do think tank Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) e a jornalista e investigadora da organização Human Rights Watch (HRW) Zenaida Machado. Teremos, igualmente, a visão a partir do terreno do espanhol Jesús Pérez, responsável da Ajuda em Ação em Cabo Delgado. Na ligação ao vivo contaremos com a análise do jornalista e investigador da Universidade de Navarra David Soler; do diretor do Instituto de Estudos sobre o Conflito e Ação Humanitária (IECAH), Jesús Núñez Villaverde e do embaixador de Espanha em Moçambique, Alberto Cerezo.
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